
Jornal Lavoura e Comércio
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O jornal Lavoura & Comércio foi um jornal brasileiro, fundado em 6 de julho de 1899 que circulou initerruptamente até 27 de outubro de 2003.
Historia
Fundado por pequenos e grandes produtores rurais que tinham algo em comum, eram contra o governo mineiro, por causa do fisco estadual. Resolvem fundar um jornal para ser o porta voz de seus interesses, o periódico Lavoura & Comércio, transformou-se em muito mais que um jornal,foi muito além, foi a expressão e o perfil de Uberaba e região, durante a passagem de 3 séculos distintos.
Antônio Garcia Adjunto, foi o primeiro diretor do Lavoura e Comércio. Em 1906, o jornal passa para a família Jardim. Os irmãos Francisco e Quintiliano Jardim, melhoraram ainda mais a linha editorial e ampliaram a abrangência do jornal para alem das fronteiras de Minas Gerais. Quintiliano Jardim dirigiu o Lavoura até sua morte, em 1966, passando para seus filhos George de Chirée, Raul e Murilo Jardim a direção. O Lavoura possuía então uma credibilidade tão grande que seu lema na época era, "Se o Lavoura não deu, em Uberaba não aconteceu". Desde a fundação até aos quase 104 anos de existência, o jornal somente não circulou durante dois dias, na década de 1980, devido a uma greve dos gráficos.
Em 27 de outubro de 2003, a ultima notícia: "Após 104 de veiculação ininterrupta, o Lavoura & Comércio paralisa suas atividades por questões econômicas e financeiras”. O jornal outrora importante, que fora distribuído em diferentes cidades de diferentes estados, que vendeu milhares de exemplares, e que se constituiu em dos mais ricos arquivos brasileiros, estava fechado. Era o mais antigo jornal de Minas Gerais e o terceiro mais antigo do país ainda em circulação.
Perseguições e mortes
Os jornalistas sempre foram vítimas dos abusos de políticos e poderosos, alguns tiveram suas vidas ceifadas justamente por exercerem o jornalismo. E quase sempre o palco para as agressões eram redações e escritórios dos jornais, e o jornal Lavoura & Comércio testemunhou estas perseguições. Uma campanha realizada pelo Jornal Lavoura & Comércio em dezembro de 1912 fez com que o então delegado de Polícia Sertório Leão, acusado de não combater a jogatina na cidade, tentasse matar o jornalista Quintiliano Jardim. Que estava acompanhado do seu colega de profissão João Camelo, Quintiliano foi atacado pelas costas pelo delegado que só não atirou devido ao fato revólver ter travado. O jornalista João Camelo era também auditor de guerra do batalhão de policia da cidade imediatamente deu voz de prisão ao delegado. João Camelo não sabia, mas cinco anos depois iria ser assassinado. Em 28 de dezembro de 1917. O jornalista João Camelo, foi morto pelo médico Luiz Boulanger Rodrigues da Cunha Castro Pucci. Motivo: o jornalista teria feito críticas ao Partido Democrata em sua coluna 'Rodapés'. Vale ressaltar que Boulanger Pucci foi prefeito de Uberaba de 1947 a 1951. Em 20 de maio de 1922, o médico e agente executivo de Uberaba (presidente da Câmara com poderes de prefeito, que naquela época não existia) João Henrique Sampaio Vieira da Silva, adentrou nas dependências do Jornal Lavoura & Comércio, e lá pediu para falar particularmente com o colunista daquele jornal, Moises Santana. A conversa aconteceu na sala do então diretor de redação Quintiliano Jardim. Em dado momento do diálogo, o doutor João Henrique perguntou ao colunista se ele era responsável por algumas notas de coluna que faziam menção a ele. Ao confirmar, o jornalista Moises Santana não imaginava que estaria assinando sua pena de morte. Doutor João Henrique sacou do revólver que portava na cintura, fato comum na época, disparou vários tiros contra o colunista, que foi socorrido e morreu no dia seguinte. O destaque fica mesmo é para a agilidade da Justiça: em apenas um mês e um dia, o assassino foi investigado, denunciado e absolvido pelo Tribunal do Júri.
Origem - Wikipedia
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